6. Catedral oferece terapia a R$1,00


Embora a Psicologia abranja uma diversidade de teorias e diferentes campos de atuação (Clínica, Educacional, Trabalho, etc.), historicamente o referencial clínico ainda ocupa um espaço de maior difusão e reconhecimento em nossa sociedade. Entretanto, esta modalidade de atuação encontra-se fundamentada numa perspectiva elitista e comprometida com os ideais e valores de uma classe social específica: a classe mais favorecida da sociedade. Mostrando-se, assim, distanciada da realidade concreta da maioria parte da população e de suas diversas formas de expressão, linguagens, emoções e sofrimentos.

Políticas públicas de atenção à saúde envolvendo o trabalho do psicólogo vêm sendo desenvolvidas, mas parecem ter sido moldadas exclusivamente para determinada parcela da população: aquela possuidora de distúrbios mentais profundos, como os relacionados à psicose. Um exemplo são as políticas referentes à reforma psiquiátrica e seus modelos substitutivos de atenção à saúde mental. Por mais que essas políticas empreguem o discurso de “promoção” da saúde e da socialização do doente mental, o que se observa é que a preocupação continua sendo a de tratar o sujeito doente, focalizando a doença, a psicopatologia.

Dessa maneira, a psicologia no momento em que se reduz ou focaliza-se na psicopatologia, perde de vista outras demandas referentes à saúde e à saúde mental e que não se encontram necessariamente no enquadre psicopatológico. Por exemplo, é comum as pessoas levarem ao posto de saúde queixas como dores de cabeça, dores pelo corpo, tristeza, medo, ansiedade, refletindo outros sofrimentos, que Valla (2002) chama de “sofrimento difuso”. Além desses, são também levados outros tipos de problemas relacionados a crises existenciais, brigas conjugais, medo da violência urbana, alcoolismo, dentre outros. No entanto, o indivíduo com menor pode aquisitivo que procura tal ajuda no serviço público, ou não será tratado, ou o será, porém de forma inadequada, pois o mesmo não tem uma “psicopatologia” definida.

Foi percebendo essa demanda, que o pároco Francisco Zanardo Moussa da Catedral Metropolitana de São Sebastião do Ribeirão Preto convidou psicólogas freqüentadoras da missa para atender crianças, jovens e adultos pelo preço que varia de R$ 1,00 a R$ 30,00, dependendo da condição financeira do interessado. Devido à procura ser grande as psicólogas atendem pessoas da região mesmo que não freqüentem a missa. Vale salientar que o Conselho Regional de Psicologia aprovou a iniciativa da Catedral em oferecer psicoterapia a custos acessíveis à população de baixa renda. Este trabalho realizado pela Catedral é bastante relevante para a sociedade, pois procura diminuir a exclusão social e promover a democratização tornando possível o acesso ao atendimento psicológico.

O Código de Ética Profissional do Psicólogo, no seu Artigo 4º, estabelece que ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:
a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário;
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho na ser realizado;
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do valor acordado.

Percebemos, assim, que a iniciativa da Catedral não fere eticamente o trabalho do psicólogo, uma vez que cumpre as três alíneas do Artigo citado anteriormente. O valor do atendimento é comunicado antes do início das atividades, e tem-se como objetivo a qualidade do serviço independente do preço a ser pago.

Dessa forma, enquanto os paradigmas do modelo clínico tradicional não são quebrados, a psicologia precisa atuar de forma criativa, porém contextualizada para atender, de forma justa, a outras demandas visando adequar-se à realidade concreta da maior parcela da nossa população.

Entretanto, nossa crítica refere-se ao fato de que casos como esse são polêmicos e geram dúvidas quanto à adequação da prestação desse serviço. Visto que este é um contexto que não apresenta isenção de neutralidade e ideologias. Sabe-se que nenhum profissional está imune da influência de suas crenças pessoais na prática de sua profissão. No entanto, um ambiente como uma igreja, reforça ainda mais essas crenças, tornando ainda mais difícil a imparcialidade.
Além disso, reforçamos que o código de ética não dá subsídios para casos como esse. Foi necessária uma intervenção do Conselho Regional para haver um entendimento dos princípios éticos que englobam esta questão. Portanto, faz-se necessária uma reformulação mais elaborada, bem como a formalização dos parâmetros norteadores e princípios éticos mais amplos a fim de suprir a grande demanda de situações com a qual o psicólogo é surpreendido atualmente.

Assim, como psicólogos devemos exigir a adoção de um Código de Ética mais amplo já que ele serve como base e guia dos profissionais da área e tem por finalidade o controle de nossa atuação profissional, além de repensarmos nossa função e papel a desempenhar na sociedade.

5. Você acredita que o medo, as aflições aumentam o grau de empatia entre pessoas?


Empatia é a resposta afetiva vicária a outras pessoas, ou seja, uma resposta afetiva adequada a uma situação que envolve outra pessoa, e não a si próprio. A psicologia e as neurociências contemporâneas consideram a empatia um tipo de “inteligência emocional" que pode ser cognitiva ou afetiva. A primeira está relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica do outro (tomada de consciência). A afetiva refere-se à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência de outrem. Na empatia a distinção entre o eu e o outro é conservada e o estado emocional permanece direcionado ao objeto.

A aflição é um sentimento de agonia, de intenso sofrimento, preocupação ou desassossego por alguma causa ou coisa que possa afetar nossa vida direta ou indiretamente. É ainda a sensação de que algo "não está certo", ou mesmo de que alguma coisa errada ou traumática possa acontecer. Há um número amplo de experiências que evidenciam a ativação empática em diferentes grupos, frente a pessoas que demonstram sinais de aflição.

Pesquisadores sugerem que o sistema límbico e suas conexões com o córtex pré-frontal proporcionariam às pessoas a capacidade de se colocar no lugar dos outros, logo, essas estruturas cerebrais estariam envolvidas com o sentimento de empatia.

Alguns estudos foram desenvolvidos a fim de comprovar as bases neuronais da empatia e sua relação com situações de aflição de outras pessoas por meio do uso de imagens feitas através de ressonância magnética que captavam a atividade cerebral. Em uma dessas experiências, voluntárias eram submetidas a estimulações de dor na mão e seus resultados foram comparados com outros obtidos com essas mesmas voluntárias quando seus esposos recebiam o estímulo doloroso. Constatou-se que as atividades cerebrais das esposas aumentavam nas regiões do cérebro responsáveis por sinalizar a aflição dolorosa (sensação subjetiva) quando seus esposos eram submetidos ao choque como se o estímulo doloroso tivesse sido aplicado nelas mesmas. No entanto, as regiões responsáveis pela dor física (sensação objetiva) só mostravam atividade quando as voluntárias realmente recebiam o choque.

Assim, a ativação empática pode se estabelecer quando observamos outras pessoas em situação de aflição seja por imitação quando são criados indicadores internos que auxiliam na compreensão e na sensação emocional em si próprio ou por associações com sensações já experienciadas pelo observador.

4. O experimento de Stanford


Este experimento foi realizado na Universidade de Stanford em 1971, por vários pesquisadores liderados por Philip Zimbardo. Vinte quatro estudantes universitários participaram como voluntários assumindo papéis de guardas e prisioneiros numa área localizada no subsolo do departamento de Psicologia da universidade, simulando uma prisão. Essa experiêncioa foi considerada um marco no estudo psicológico das relações humanas ao cativeiro, especificamente, da vida na prisão. O eperimento contou com o patrocinio da Marinha Americana, que estava interessada em explicar os conflitos no sistema prisional da Corporação. A repercursão deste estudo se deve também aos debates gerados a cerca da posição ética do pesquisador ao promover o experimento.

Descrição do experimento

Amostra: Os participantes foram contactados através de um anúncio de jornal indicando que receberiam US$15,00 por dia para participar de um “experimento simulado de aprisionamento”. Zimbardo selecionou 24 dos 70 inscritos, que foram considerados saudáveis e estáveis psicologicamente. Eram formados na sua maioria por brancos, de classe média e do sexo masculino, e foram divididos em dois grupos iguais de “prisioneiros” e “guardas” escolhidos aleatoriamente através do jogo de cara-ou-coroa.

Caracterização dos participantes: Foi intitulado como diretor da prisão um estudante assitente de pesquisa e como superintendente o pesquisador Zimbardo. Aos guardas foram entregues bastões de madeira e uniformes militares escolhidos pelos proprios participantes em uma loja local e óculos escuro, e seus horários seriam divididos em turnos permitindo a volta para suas casas nas horas livres. Os prisionéiros receberam roupões, sem roupas de baixo, chinelos de borracha e meias-calças apertadas feitas de nylon para por nas cabeças simulando que seus cabelos forram raspados, similarmente aos recrutas militares. Além disso, receberam correntes amarradas aos tornozelos como um “lembrete permanente” de seu aprisionamento. Cada um passaria a ser chamado por um número, que foram costurado nos seus uniformes.
Instruções: No dia anterior ao aprisionamento, os “guardas” foram convocados a uma reunião de orientação, mas não receberam nenhuma instrução formal. Apenas a violência física não seria permitida e sua responsabilidade seria o funcionamento da prisão e que para tanto eles poderiam recorrer a qualquer meio que julgassem necessário. As palavras de Zimbardo para os guardas durante a reunião foram:

"Vocês podem gerar nos prisioneiros sentimentos de tédio, de medo até certo ponto, transmitir-lhes uma noção de arbitrariedade e de que suas vidas são totalmente controladas por nós, pelo sistema, por vocês e por mim, e não terão privacidade alguma Nós vamos privá-los de sua individualidade de diversas maneiras. De um modo geral, isso fará com que eles se sintam impotentes. Isto é, nesta situação nós vamos ter todo o poder e eles nenhum. "The Stanford Prison Study", citado em Haslam & Reicher 2003.
Os prisioneiros receberam apenas as instruções de que esperassem em suas casas até serem "convocados". Num domingo de manhã em agosto na Califórnia, o carro da polícia percorria toda a cidade pegando estudantes universitários que haviam “violado o Código Penal 211”, por assaltos à mão armada, e roubo, sendo presos pelo verdadeiro departamento de polícia local, que cooperou nesta parte do experimento. Os prisioneiros passaram pelo processo de identificação regular da polícia, incluindo a tomada de impressões digitais e fotografias, e foram informados de seus direitos. Depois disso foram levados até a "prisão simulada" onde foram revistados, "higienizados" e receberam suas novas identidades (números).

Problemas: O experimento ficou rapidamente fora de controle. Os prisioneiros receberam tratamentos humiliantes e sádicos por parte dos guardas e, como resultado, começaram a apresentar severos distúrbios emocionais. O primeiro dia não apresentou nenhum incidente, mas no segundo dia eclodiu uma rebelião, que foi controlada pelos “guardas” através do uso de extintores sem que nenhum integrante do grupo de pesquisa estivesse sob supervisão. A solução encontrada pelos “guardas” se pautava em meios psicológicos de controle, tentando dividi-los e gerar inimizades entre eles, criando dois blocos de celas, um para “bons” e outro para “maus” prisioneiros. Ao fazer esta divisião os “guardas” pretendiam implantar a dúvida entre eles, fazendo com que um disconfiasse do outro. Esse método foi eficiente e controlou a situação naquele momento. De acordo com os consultores de Zimbardo, contactados no inicio do experimento para auxiliar a contrução do ambiente, a tática é similar à utilizada nas prisões americanas reais.

Punições: A "contagem" dos prisioneiros, que havia sido inicialmente instituida para os ajudar a se acostumarem com seus números de identificação, transformaram-se em cenas de humilhação, que duravam horas. Os guardas maltratavam os prisioneiros e impunham-lhes castigos físicos, como por exemplo, exercícios que obrigavam a realização de esforços pesados. Rapidamente, a prisão tornou-se um local insalubre e sem condições de higiene e com um ambiente hostil e sinistro. O direito de utilizar o banheiro tornou-se um privilégio freqüêntemente negado. Os colchonetes foram removidos para o bloco de celas dos "bons" e os demais prisioneiros eram obrigados a dormir no concreto, sem roupa alguma. A comida era frequentemente negada, sendo usada como meio de punição. No quarto dia, Zimbardo e os guardas, ao ouvirem um rumor sobre um plano de fuga no momento das visitas dos familiares, tentaram, alegando necessidade de maior "segurança", transferir o experimento inteiro para uma prissão real e fora de uso da polícia local, porém as autoridades não concordaram com o pesquisador, que sentiu-se irritado pela “falta de cooperação”. À medida que o experimento prosseguia os guardas iam dando mostras de um crescente sadismo(obtenção da satisfação sexual por parte de um indivíduo ao infligir sofrimento físico ou psicológico ao parceiro sexual), especialmente à noite, quando eles pensavam que as câmeras estavam desligadas. Os investigadores afirmaram que aproximadamente um terço dos guardas apresentou tendências sádicas "genuínas". Muitos dos guardas ficaram bastante desapontados quando a experiência foi terminada antes do previsto.

Internalização dos papéis:Um dos pontos que Zimbardo ressaltou como prova de que os participantes haviam internalizado seus papéis é que, ao ser-lhes oferecida a "liberdade condicional" em troca do pagamento dos dias que faltavam para a experiência terminar, a maioria dos "prisioneiros" aceitou o acordo. Em um dado momento, os “pressos” foram comunicados que receberiam apenas pelos dias em que haviam participado. Porém, ao ser-lhes comunicado que a "liberdade condicional" havia sido rejeitada e que se eles fossem embora não receberiam nada, os prisioneiros permaneceram no experimento. Um prisioneiro chegou a desenvolver rash cutâneo de origem psicossomática por todo o corpo, ao descobrir que não poderia deixar o experimento ou não receberia nenhum dinheiro. Zimbardo ignorou alegando que ele apenas estava "fingindo" estar doente para poder escapar. Eles receberiam Zimbardo alega que eles não tinham quaisquer razões para continuarem participando se estavam dispostos a prescindir do pagamento para abandonarem a prisão. Choro incontrolável e pensamento desorganizado também foram sintomas comuns entre os prisioneiros. Dois deles sofreram tal trauma que tiveram de ser removidos e substituídos. Um dos prisioneiros substitutos, com o número 416, ficou tão horrorizado com o tratamento que os guardas estavam dando que resolveu iniciar uma greve de fome. Ele foi trancado em um compartimento que servia como "solitária", durante três horas, enquanto os guardas o obrigaram a segurar as salsichas que tinha recusado comer. Os demais prisioneiros consideravam-no um "causador de problemas". Para explorar esse sentimento, os guardas fizeram uma oferta: os prisioneiros poderiam abrir mão das suas mantas para que o substituto fosse libertado da solitária, ou ele seria mantido lá durante a noite toda. Os prisioneiros escolheram ficar com as suas mantas. Zimbardo interveio e o substituto pôde voltar para sua cela.

Final: Quando Zimbardo resolveu abortar o experimento, foi chamada uma pesquisadora que nada sabia do que havia sido feito para conduzir as entrevistas com os participantes. A pesquisadora em questão estava tendo um "relacionamento" com Zimbardo na época do experimento, e atualmente é casada com ele. Dentre todas as 50 pessoas que visitaram a "prisão", a única pessoa que questionou a ética de tal experimento foi ela. Zimbardo terminou os estudos prematuramente, o que havia sido planejado para durar duas semanas durou apenas seis dias, por duas razões. Primeiro, foram observados nos vídeos que os “guardas” estavam aumentando os abusos com os “presos” durante a noite, imaginando que não havia nenhum pesquisador, nem que as câmeras estariam ligadas. First, we had learned through videotapes that the guards were escalating their abuse of prisoners in the middle of the night when they thought no researchers were watching and the experiment E em segundo, Christina Maslach (Ph. D de Stanford) que foi chamada para entrevistar os guardas e reclusos, após presenciar uma forte cena na qual os nossos prisioneiros estavam marchando com sacos sobre as suas cabeças, pernas encadeadas em conjunto e com as mãos nos ombros uns dos outros, ela disse, "É terrível o que está a fazer a estes rapazes!" condenando o ponto em que chegou o projeto. O estudo foi finalizado no dia 20 de agosto de 1971.

Pesquisadores envolvidos: Philip Zimbardo, Craig Haney, Curtis W e David Jaffe.
David JafAssistência: Carolyn Burkhart, David Gorchoff, Christina Maslach, Craig Susan Phillips, Anne Riecken e W. Curtis Banks Cathy Rosenfeld.

Análise do experimento

O experimento foi desenvolvido com a finalidade de estudar fatores psicológicos das relações humanas ao cativeiro, porém no decorer do estudo as situações as quais os participantes foram expostos geraram fortes embates a cerca da posição ética do pesquisador. Todos os participantes, sejam “guardas” ou “prisioneiros”, apresentam alterações comportamentais que provocaram danos físicos e psicológicos. A APA (American Psychological Association) na pessoa de Kate M. Wachs declarou em um de seus encontros que considera o estudo realizado por Philip Zimbardo como “vergonhoso” (referência a falta de ética apresentada), e que esta experiência serviu pelo menos para introduzir na psicologia novas diretrizes éticas na investigação científica.
A psicologia é marcada por diversos estudos que foram cruelmente criticados devido à dúvida sobre o senso ético em sua realização, um deles são os estudos sobre obediência de Stanley Milgram. Neste, centenas de pessoas respeitáveis e bem-intencionadas concordaram em provocar o que pareciam ser choques elétricos cada vez mais dolorosos em outra pessoa, como parte do que eles acreditavam ser um experimento sobre aprendizagem. Esses estudos (Zimbardo; Milgram), bem como outros existentes na literatura, foram alvos de vários questionamentos éticos, no entanto em nenhum momento suas contribuições no campo do conhecimento humano são passiveis de crítica ficando a dúvida entre: ética x avanço.
Dessa maneira o estudo de Zimbardo, apesar de destoar dos padrões éticos gerais, foi extremamente valoroso e os erros cometidos durante sua execução podem derivar da posição ocupada por seu pesquisador. Obviamente, seria inocência de nossa parte acreditar na possibilidade disso ocorrer, mas sua posição no delineamento passou a influenciar diretamente nos resultados da pesquisa. A conclusão do grupo quanto às circunstâncias que propiciaram o fim da pesquisa se baseia no “equívoco” realizado durante o delineamento. Essa opinião é corroborada pelas palavras de Zimbardo em entrevista concedida a rede de TV BBC para realização de um documentário.


Confira abaixo uma entrevista concedida por Zimbardo ao jornal "The New York Times". Pergunta - Para quem nunca estudou o caso no primeiro ano do curso de psicologia, o sr. pode descrever o Experimento da Prisão de Stanford? Philip Zimbardo – No verão de 1971, nós fizemos uma prisão de mentira na Universidade Stanford. Pegamos 23 voluntários e os dividimos aleatoriamente em dois grupos. Eram jovens normais, estudantes. Pedimos para que eles agissem como “guardas” ou “prisioneiros” num ambiente de prisão. O experimento devia durar duas semanas. No fim do primeiro dia, nada estava acontecendo. Mas, no segundo, houve uma rebelião de prisioneiros. Os guardas vieram me perguntar: “O que a gente faz?”. “A prisão é de vocês”, respondi, dizendo que só não podiam usar violência física. Os guardas, então, começaram logo a aplicar punições psicológicas, embora houvesse abuso físico também. Nos dias seguintes, os guardas foram ficando cada vez mais sádicos, negando comida, água e sono aos prisioneiros, atacando-os com extintores de incêndio, jogando os cobertores deles na lama, tirando as roupas deles e arrastando os rebeldes pelo quintal.

No fim, os guardas mandaram que os prisioneiros simulassem sodomia [sexo anal]. Por quê? Porque estavam entediados. O tédio é uma motivação poderosa para o mal. Não tenho idéia de quão piores as coisas poderiam ter ficado.
Pergunta - Como o sr. encerrou o experimento? Zimbardo – Na quinta noite, uma ex-aluna minha de pós-graduação, Christina Maslach, passou por lá. Ela viu os guardas colocarem sacos na cabeça dos prisioneiros, acorrentar as pernas deles e fazê-los marchar de lá para cá. Chris saiu correndo e chorando. “Não sei se ainda quero ter alguma coisa a ver com você, se esse é o tipo de pessoa que você é”, disse ela. “É horrível o que você está fazendo com esses meninos.” Eu pensei, “Oh, meu Deus, ela está certa.” Pergunta - No seu livro, senti uma certa culpa a respeito de ter organizado “o estudo mais anti-ético de todos os tempos”. É verdade? Zimbardo – Quando olho para trás, penso: “Por que não parei a crueldade antes?”. Ficar de lado era totalmente contrário à minha educação e minha natureza. Quando eu fiquei de lado, como um cientista experimental que se recusava a interferir, eu fiquei, em certo sentido, tão sujeito ao poder da situação quanto os prisioneiros e guardas.


DOCUMENTÁRIO SOBRE O EXPERIMENTO COM COMENTÁRIOS DE ZIMBARDO E CENAS REAIS:
Parte I: http://www.youtube.com/watch?v=2o0Nx31yicY
Parte II: http://www.youtube.com/watch?v=JCsgwcIil7I&feature=related
Parte III: http://www.youtube.com/watch?v=dU6r4mNZ8g0&feature=related

Outros sites relacionados:
http://www.prisonexp.org/
http://www.youtube.com/watch?v=3aHw8xK94Ic
http://www.blogger.com/www.zimbardo.com/prison.htm

3. O Universal vs. O Cultural


Considere a seguinte situação: Pesquisadores Alemães e Americanos estão trabalhando com dois grupos de três crianças do mesmo sexo e da mesma idade em cada grupo. As diferenças entre as crianças são a raça e a cultura (definida como o local de nascimento e de residência das crianças). Um grupo é composto por crianças de pele branca, nascidas em famílias de origem caucasiana: uma criança é francesa, nasceu e reside em Paris; outra é brasileira, nasceu e reside no Rio de Janeiro; e a outra é italiana, nasceu e reside em Veneza. No outro grupo, as três crianças são de pele negra em famílias com origem africana. Uma criança é brasileira, nasceu e reside no Rio de Janeiro; outra é liberiana, nasceu e reside em Serra Leoa; outra é francesa, nasceu e reside em Paris.
Ao trabalhar com essas crianças, os pesquisadores pensaram em adotar a abordagem universalista e focalizarem suas interpretações em teorias que buscam as semelhanças cognitivas entre as seis crianças. Mas, eles tinham receio de serem percebidos pelos colegas na academia como imperialistas. A outra opção seria adotar a abordagem cultural e focalizar nas diferenças entre as seis crianças. Mas eles receiam serem acusados de nazistas por valorizarem a descriminação. Todo e qualquer resultado, na comparação entre as crianças, que pudesse ser percebido como favorecendo significativamente as de origem européia, apoiaria a crítica de discriminação racial ou mesmo de nazistas.
Os resultados mostram uma interação significativa entre cultura e raça no desenvolvimento cognitivo e sócio-moral das crianças. Os pesquisadores enfrentam o seguinte problema: Quanto mais comparações entre crianças forem feitas e enfatizadas, mais acusados de imperialistas eles serão. Quanto mais comparações entre culturas eles façam, as bases de justificativas para as diferenças ficam problemáticas.

Considere agora que você é um desses pesquisadores e responda:
1. Qual abordagem você adotaria na interpretação dos resultados?
Adotaria uma abordagem universalista, pois partindo do pressuposto que em todos os casos está sendo verificado o mesmo construto, torna-se possível realizar comparações que indiquem tanto semelhanças quanto diferenças. A abordagem culturalista tende à segregação, enquanto numa visão universalista é possível observar o que é comum e entender as diferenças. Ainda nesse sentido, uma pesquisa culturalista tem exclusivamente um enfoque nas particularidades, tratando-se do desenvolvimento cognitivo de crianças não seria interessante saber em qual ponto do desenvolvimento crianças de raças e meios sociais diferentes começam a divergir? Ao comparar esses grupos pela abordagem universalista as relações entre as variáveis que podem ser realizadas multiplicam-se. Conhecendo mais relações, explica-se melhor determinado fenômeno. O passo seguinte ao do conhecimento é utilizá-lo para elaborar meios de intervenção que, agora sim, sejam direcionados para a cultura, pois nem sempre as mesmas ferramentas serão possíveis de ser aplicadas ou terão o mesmo efeito.
2. Segundo a psicologia, qual o real problema na interpretação dos resultados?
O grande problema de qualquer pesquisa é saber até que ponto os resultados podem ser generalizados. Toda pesquisa tem sua limitação e sua margem de erro, isto deve ser explicitado para que equívocos sejam evitados.
3. Segundo a ética, qual o real problema na interpretação dos resultados?
A questão ética que envolve este tipo de pesquisa refere-se ao fato das culturas dominantes sempre serem impostas às mais fracas. No entanto, o objetivo de qualquer pesquisa deve ser o de gerar conhecimento. O conhecimento só se torna perigoso se escolher pelo seu mau uso. Neste tipo de pesquisa, o procedimento adequado é levar em consideração, paralelamente à comparação, as variáveis que interferem no desenvolvimento cognitivo, nesse caso a raça e o meio sócio-cultural. Conhecendo o que interfere no processo de desenvolvimento é possível tomar medidas que amenizem esta interferência. Mas isto só é possível se houver uma comparação que emparelhe estas variáveis, tornando inevitável a comparação desses grupos. Tanto para buscar semelhanças como para buscar diferenças, é necessário a existência de dois grupos. Nesse sentido, não se configura uma discriminação colocar as crianças em grupos diferentes, pois sem a separação em grupos não seria possível qualquer comparação. Então o objetivo ainda pode ser encontrar particularidades, o que supõe a abordagem culturalista, porém numa visão mais ampla, que possibilita um entendimento maior acerca do fenômeno.
Além disso, é importante observar, numa visão mais social, que a convivência se dá a partir das similaridades. As diferenças, quando enfatizadas, levam a perigosas divergências. Portanto, é importante conhecermos até que ponto somos iguais, entender o que nos diferencia e por que nos diferencia. Contanto que haja uma visão clara das circunstâncias, a visão universalista não será de um todo imperialista. Enquanto buscarmos as diferenças sem entendê-las, não será possível fazer intervenções que promovam um benefício para aqueles que geralmente já são prejudicados por pertencer a um grupo minoritário.

2. O dilema do aborto


Ética é uma forma de pensamento e conduta que se aplica na resolução de conflitos e dilemas num determinado grupo ou categoria, dessa forma, como agir eticamente enquanto psicólogos? O Código de Ética Profissional do Psicólogo é o instrumento que assegura um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.

Realizar ou não um aborto sempre foi um grande dilema dentro da sociedade. O abortamento seria a perda da gravidez antes que o embrião e posterior feto seja potencialmente capaz de vida independente da mãe. No Brasil, essa ação é legalizada em alguns contextos: se essa for a única forma de salvar a vida da mãe, ou se a gravidez é resultante de estupro, e a gestante quiser interrompê-la (Artigo 128 do Código Penal). Se o aborto não estiver incluso em algum desses casos, é considerado crime previsto por lei.

Quando um psicólogo se depara com tal dilema, surgem duas vertentes: o direito da mulher sobre o seu corpo ou o direito à vida do feto. No entanto, é importante ressaltar que este profissional trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas, já que a saúde não é vista apenas como ausência de doença, mas sim um bem-estar geral. O psicólogo também deve trabalhar, segundo o Código de Ética, baseado no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano.

A ética em relação ao tema aborto geralmente é influenciada por questões religiosas, onde o feto jê seria considerado como ser vivo e não poderia ser morto. Enquanto isso, as descobertas científicas no século XX não foram assimiladas pela teologia, nem tampouco conseguiam ser financiadas, uma vez que a Igreja Católica detinha o poder e receava que as inovações pudessem ir contra as leis divinas. Além do mais, a mulher sempre foi vista como um ser reprodutivo, que era educada para casar e ter filhos, tanto é assim que perante a lei se a mulher está grávida e acredita que não tem condições financeiras ou psicológicas de ter o filho, isso é considerado crime.
Mas, até que ponto temos o direito de julgar o que é ou não criminoso? Será que de fato alguém tem o direito de “eticamente” dizer a essa mulher que ela cometeu um CRIME? A questão aqui não é a defesa do aborto, nem adesão à doutrina católica ou feminista. Dentro do campo da Filosofia Moral Contemporânea encontramos a ética utilitarista, a qual não reconhece valores morais individuais, dessa forma, uma ação é uti e, portanto justa, ética e correta, quando traz mais felicidade do que sofrimento aos atingidos. Deste modo o prejuízo de alguns poderia ser justificado pelo benefício de outros, desde que estes estivessem em maior número (cálculo de maximização do bem). (ALVES,2006)

Em relação ao aborto ser permissível ou não, a ética utilitarista não se preocupa com questões sobre o direito da mulher sobre seu corpo, ou sobre o direito à vida do feto, mas sim saber se o ato de abortar afeta o bem-estar dos envolvidos. Então, lutar pela vida do embrião seria negar a existência dos direitos humanos adquiridos pela mulher muito antes da existência do feto. É importante ressaltar que o ato de proibir em lei o aborto não tem diminuído esta prática, pelo contrário, as mulheres procuram clínicas ilegais, arriscando suas vidas, por conta de um valor “moral”.

O psicólogo precisa agir eticamente sim, mas não necessariamente acreditando na universalidade da moral, uma vez que aquela mulher, que está em seu consultório, no hospital, num ambiente escolar, tem sua subjetividade, suas particularidades. É dentro dessa dimensão que o profissional deverá se posicionar, levando em consideração que o sujeito que o procura está, naquele momento, passando por uma parte difícil de sua vida, que só cabe a ela julgar a si mesma e seus atos. O psicólogo precisa cooperar para que a mulher se restabeleça psiquicamente, cabendo a ela tomar a decisão que melhor contribuirá para seu bem-estar.

A mulher que procura um profissional da psicologia nesta situação, provavelmente não está querendo ouvir um “Sim, faça o aborto” ou um “Não, isso é crime”, isso ela ouviria de qualquer um a quem pedisse uma opinião. Deste profissional, ela espera uma postura humana, que a veja como um ser dotado de fraquezas, limitações, sentimentos, expectativas, enfim, de toda uma vida que já existe, e que neste momento está abalada pelo fato de ter ou não um filho. Muitos moralistas poderiam retrucar afirmando “mas por que ela não se preveniu, hoje em dia existem métodos fáceis e baratos!”, é muito fácil falar do outro, sempre foi, difícil mesmo é ter uma postura empática, sentir o que o outro sente, pois isso requer além de um preparo profissional, um preparo muito maior do lado pessoal, não está apenas em teoria, acontece dentro de nós.

O direito de escolher o que é melhor para si provoca menos transtornos futuros tanto para a mãe, quanto para a criança. Obviamente que existem casos nos quais a mãe pensava em abortar, decidiu pelo contrário, e viveu de uma forma maravilhosa com seu filho, mas, no entanto, essa escolha deve partir dela, e não ser imposta por lei, ou muito menos, por um consenso social que chega a ser hipócrita, uma vez que existem muitas atitudes socialmente aceitáveis, que poderiam se constituir em crimes, como é o caso dos bebês de proveta, onde os cientistas reimplantam diversos óvulos fecundados em cada tentativa para tentar engravidar uma mulher, a fim de aumentar as probabilidades de acerto, isso significa que os cientistas obtêm “seres vivos” sabendo que uma alta porcentagem deles vai “morrer”. Se o aborto voluntário é um atentado à vida, o que esses cientistas fazem é o que?

Sendo assim, o psicólogo precisa, antes de tudo, ouvir, mas um ouvir profundo, onde ouve-se as palavras, os pensamentos, a tonalidade dos sentimentos, o significado pessoal, e até mesmo o significado por trás do que foi verbalizado. Essas mulheres têm sentimentos, e geralmente estão sofrendo com suas decisões, seja a de ter ou não esse filho, ela não necessita de uma pessoa que aumente esse sofrimento ou que lhe cause um transtorno psíquico ainda maior lendo a lei, enquadrando-a num determinado artigo porque é ético, esse profissional deve dentro de suas atribuições facilitar a tomada de decisão, seja ela qual for, buscando sempre contribuir para o bem-estar do sujeito.


Sites relacionados:

http://www.aborto.com.br/

http://www.womenonwaves.org/

1. Código de Ética do Psicólogo: CFP e APA

A ética vem sendo tema freqüente de discussão, permeando várias instâncias da sociedade acerca das questões referentes a parâmetros e limites na intervenção sobre os seres humanos.

Um Código de Ética Profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas exercidas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura promover a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca de sua atividade, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional.
Os Psicólogos desenvolvem um conjunto de conhecimentos válido e de confiança baseado em pesquisa/investigação e aplicam esse mesmo conhecimento ao comportamento humano e processos psicológicos num variado leque de contextos. Ao fazê-lo, desempenham um número de papéis (funções) diferentes, em áreas diferentes, tais como pesquisa, educação, avaliação, terapia, consultoria, entre outros.
O psicólogo, profissional presente nas instituições de saúde, tem a sua prática atravessada por vivências de grande significado na vida das pessoas: o nascimento, a doença e a morte. A presença ou iminência dessas situações geram ansiedades, angústias, medos, desencadeiam crises pessoais e familiares, configuram mudanças e impõem aos profissionais vinculados aos cuidados com a saúde inúmeras dúvidas com relação a práticas que sejam coerentes com o propósito ético da ciência que representam.
Às dúvidas freqüentes deste profissional estão relacionadas a temas como a reprodução assistida, planejamento familiar, esterilização, aborto, transplantes de órgãos e tecidos, eutanásia, projeto genoma, experiências com embriões, entre outros, os quais estão sendo introduzidos direta ou indiretamente no cotidiano das instituições de saúde, trazendo benefícios, mas também gerando dúvidas, abusos e culminando em questões éticas complexas.
São inúmeras as situações que constituem dilemas éticos na relação do psicólogo com a pessoa atendida e/ou familiares desta, ou na relação com a equipe de trabalho. Até onde manter o sigilo profissional? É possível quebrar o sigilo? Em quais situações? Como agir frente a atitudes anti-éticas de colegas de trabalho? Quais as informações sobre o paciente que devem constar no prontuário? Deve-se quebrar o sigilo em casos de violência física, abuso sexual ou negligência contra menores? Qual a atitude do psicólogo frente a um paciente portador do HIV positivo que está contaminando deliberadamente seus parceiros?
É fato que as novas práticas psicológicas estão no limite de interface com questões de ordem moral e legal, de direitos individuais e coletivos, e geram, assim, no psicólogo, um mal-estar quanto ao seu poder de decisão frente à quebra de sigilo, que acaba almejando encontrar em seu código de ética um amparo para justificar e respaldar sua decisão, pois há falta de direcionamento para o profissional diante de suas práticas e intervenções, além de não normatizar quais são os comportamentos adequados numa dada situação.
O Código de Ética Profissional do Psicólogo não determina possibilidades de quebra de sigilo, optando por uma consciência reflexiva, crítica e responsável, ao invés de um posicionamento mais confortável com os padrões normativos.
Como versa no artigo 1º do Código, “é dever fundamental do psicólogo conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código”.
Todavia, quanto às atividades de pesquisa, podemos constatar que o atual Código de Ética Profissional dos Psicólogos prioriza questões concernentes ao exercício da atividade do psicólogo enquanto prestador de serviços clínicos, sendo de utilidade limitada para orientar questões próprias da atividade do psicólogo enquanto pesquisador. A pesquisa em Psicologia vem se desenvolvendo, e com isso, sendo divulgada, cada vez mais, a necessidade de compromisso com os dados dos sujeitos entrevistados, portanto, quanto aos resultados da pesquisa, de que forma apresentar estudos de caso em congressos e publicações. Uma sugestão seria as diretrizes da American Psychological Association (APA), na ausência de outra norma brasileira. As diretrizes expressas pela APA incluem recomen­dações específicas sobre a ética da pesquisa.
Porém, não parece prudente a adesão a normas de outros países, na medida em que elas podem estar influenciadas por variáveis de contexto não apropriadas à realidade brasileira. Contudo, deve-se, alternativamente, estimular o surgimento de uma de­claração de princípios que tenha o respaldo amplo de nossa sociedade, e que possa inspirar o desenvolvimento de normas institucionais ou a execução independente de procedimentos particulares.
Portanto, a ética é a reflexão crítica sobre a moral, em que se faz necessário pensar naquilo que se faz, repensar os costumes, normas e regras vigentes na sociedade.
Deve-se haver uma reflexão crítica baseada na inter-relação de vários instrumentos ou fatores que precisam ser considerados, como: o Código de Ética Profissional do Psicólogo; os valores e princípios do psicólogo; os valores e princípios da pessoa atendida; os conceitos morais que permeiam a sociedade e determinam os conceitos de certo e errado, bem e mal; os princípios, regras e ideais da instituição na qual o psicólogo está inserido, pois quando vinculado a uma instituição o psicólogo tem responsabilidades morais e éticas frente não somente à pessoa atendida, mas também frente à instituição que o emprega.
Assim, dessa forma, possibilitará ações que irão ao encontro das necessidades daquele que, frente ao nascimento, à doença ou à morte iminente, busca no profissional de saúde o auxílio, bem como o reconhecimento de si como pessoa, os quais esperam ser tratados com respeito e dignidade.


Apresentação

Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamentod de Psicologia
Disciplina: Ética Profissional
Alunos:
Ana Karla Silva Soares
Everton Procopio de Souza
Josélia de Mesquita Costa
Katia Corrêa Vione
Rafaela Ferreira da Silva


Apresentação das atividades desenvolvidas na disciplina Ética Profissional


1. Análise dos códigos de ética do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e da American Psychological Association (APA);
2. Dilema do aborto;
3. O Universal vs. Cultural;
4. O experimento de Stanford;
5. As aflições e a empatia;
6. Terapia na igreja a R$1,00?